domingo, 8 de junho de 2014

Fragmentos/ Coisas que Catei por Aí

Todos sempre querem vender alguma coisa.
Uns fazem isso muito bem.
Tão bem que a gente até compra.



Coerência: benção ou maldição?


Tem sempre uma dor à espreita.
Nem sempre ela dispara.
Mas fica ali, engatilhada.



Tem gente que vai ao piquenique só para comer.
Outros levam só a toalha.
De mãos abanando, não se leva nada.



Faz tempo que a gente sabe. Desde a Maria e o João.
Não se marca o caminho com migalha de pão.
Migalha passarinho come.




Andar para trás. Não dá.
A gente nunca volta para o mesmo lugar de onde saiu.
Nunca é o mesmo lugar.




Eu queria te dizer obrigada.
Abrir o coração não é fácil. Requer muita coragem deixar outra pessoa entrar.
Mostrar a bagunça da gente por dentro. Mas é tão bonito, deste jeito imperfeito.
Só que às vezes, mesmo sendo bonito, não dá para ficar. Com todo respeito.
Não é por nada. É por tudo.
Quando o tempo passa, a gente muda. Também a gente passa.
E descompassa.



Acende uma vela. Agradece.
Segue em frente.
O passado... adeus pertence.
                 
     
             Ainda assim, tem gente que escreve tão forte que fica difícil de apagar.
             A coisa mais difícil neste mundo. Esquecer.
             Por mais que se passe a borracha...
             Nem sempre dá para apagar o que riscou tão fundo.


Dani Altmayer



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