terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O primeiro dia

Ontem foi o primeiro dia de aulas. Primeiro dia de aula sempre me deixou um pouco nervosa. Mesmo que não seja o meu primeiro dia. Mesmo que o aluno em questão não esteja ligando a mínima,  esteja na maior tranquilidade, apenas reclamando que foram poucas as férias (de três meses, veja bem).Na noite anterior arrumamos tudo,mochila, material , cadernos, ajustei o despertador, com um certo medo de passar da hora (quase impossível) . Pela manhã pulei da cama, acordei meu estudante, tomamos um belo café  e lá nos fomos rumo ao primeiro dia. Na escola aquela confusão, balões,reencontros, risadas, todos falando ao mesmo tempo, onde é a sala, onde se entrega o material, a turma ainda é a mesma? Eu já zonza e ainda meio nervosa, olho para o lado e cadê ele? Procuro, abrindo caminho entre adolescentes e mochilas, subo e desço escadas,  e enfim o encontro, com um grupo de amigos, sorrindo e contando histórias. Nem lembra que estou ali. Pergunto se quer que eu espere, e logo sou sumariamente dispensada. Atravesso o pátio, rumo à saída, e sujo meu pé com a areia do parquinho onde um dia ele já brincou. Saio pensando em quantos primeiros dias de aula já tivemos juntos, e no quanto as coisas mudaram, desde aquela difícil e demorada adaptação na escolinha. E fico feliz que seja assim, me alegro com esta tranquilidade e segurança que ele aprendeu a ter. Mesmo  sabendo que, muito em breve, já   não farei parte destes primeiros dias. Um novo ano letivo começou, e com ele mil possibilidades. Entre amigos, professores , livros e experiências, o mundo continua se abrindo e se expandindo para o meu jovem estudante, reconheça ele ou não o valor desta jornada.
E saio da escola, deixando para trás meu nervosismo e carregando um pouco de saudade da jovem aluna que fui um dia, com frio na barriga e cheia de sonhos e vontade de aprender. Boa volta às aulas!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Pois então...

Eu tenho um professor muito especial na minha vida. Ele tem  11 anos, olhos da cor do mar ( da Bahia, que fique bem claro) e um olhar penetrante, muitas vezes desconcertante. Além de professor, é também um crítico impiedoso.
Ultimamente ele anda reclamando que falo alto demais, seja em restaurantes, na rua, principalmente quando faço algum comentário sobre algo ou alguém. Ontem estávamos no cinema, e na nossa frente sentaram algumas senhoras, e ficaram se abanando com um leque. Disto resultou um perfume doce e forte, e fiz o comentário com JP: " que perfume forte"! Ele, imediatamente me repreendeu: " mãe, falastes alto de novo. Não adianta reclamar, ela não pode mudar isso, ela não pode sair e tirar o perfume, então, para que falar? Se ela pudesse fazer alguma coisa a respeito, tudo bem, mas ela não pode."
Certo ele. Quantas vezes gastamos nossa energia com coisas que não podemos mudar, que não dependem de nossa vontade? Quantas vezes reclamamos, criticamos ou magoamos alguém sem levar em conta as limitações e as verdades de cada um?Preciso aprender a me calar mais, criticar menos e ser mais tolerante. Que as minhas palavras sejam necessárias, e não jogadas ao vento sem cuidado algum. Quero que meu falar seja relevante, e que, se não for, eu aprenda a ficar com o silêncio. E se este não for possível, e as palavras insistirem em sair, que saiam mansas e suaves, em volume baixo e adequado para não constranger meu professor favorito.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sortuda!

Exatamente há um mês sem escrever. Férias. Não um mês de férias, infelizmente. Viagens. Também não foi um mês viajando. Mas foram férias. E viagens. Duas coisas que amo muito. Para dois lugares que amo muito também. Floripa e Itacaré. Com pessoas que amo, muito. Enfim, descanso de alma, de corpo, baterias recarregadas.Sol, céu, mar... Pronta para tudo de novo. Com planos de novas férias e novas viagens, para outro lugar que amo, com outras pessoas que amo, com um novo amor, que já amo, e muito! Que sorte boa, tanto amor!