domingo, 20 de novembro de 2022

Mudanças



Essa estranha mania de querer todo

De querer tanto

Pensar-se livre, estar sujeita a desejos

Já dizia a polonesa, na sabedoria infinita do poema:

Escolho excluindo porque não há outro jeito,
mas o que rejeito é mais numeroso,
mais denso, mais insistente do que nunca.
À custa de incontáveis perdas – um poeminha, um suspiro.

Escolhas e renúncias, chegadas e partidas

A tristeza escondida na mais absoluta alegria, o medo, a coragem, essas coisas

Essas coisas que chamamos paradigmas
Que existem para serem rompidos

São as duas faces da mesma moeda e ambivalência é seu nome do meio

Em vez de empacotar meus sapatos, roubo palavras, enfileiro clichês, me distraio e arremedo poesia
Tenho esperança, só não tenho cura