Essa estranha mania de querer todo
De querer tantoPensar-se livre, estar sujeita a desejos
Já dizia a polonesa, na sabedoria infinita do poema:
Escolho excluindo porque não há outro jeito,
mas o que rejeito é mais numeroso,
mais denso, mais insistente do que nunca.
À custa de incontáveis perdas – um poeminha, um suspiro.
Escolhas e renúncias, chegadas e partidas
A tristeza escondida na mais absoluta alegria, o medo, a coragem, essas coisas
Essas coisas que chamamos paradigmas
Que existem para serem rompidos
São as duas faces da mesma moeda e ambivalência é seu nome do meio
Em vez de empacotar meus sapatos, roubo palavras, enfileiro clichês, me distraio e arremedo poesia
Tenho esperança, só não tenho cura