sábado, 29 de outubro de 2011

Jogo do Contente



Hoje, durante o plantão, reli Poliana, que foi um dos primeiros livros que minha mãe me deu quando criança. Devo ter lido este livro umas duas vezes por ano, entre os sete e sei lá, doze? Amava muito aquela história da menina e o jogo do contente. Muitas vezes cheguei a brincar, que tinha lido Poliana demais, e isto tinha me estragado. Devorei o pequeno livro, revisitando a história singela de uma garotinha que tinha a idade do meu filho hoje, e que tinha aprendido um jogo, e que, com este jogo, mudou a vida de todos na cidade onde foi morar. O jogo do contente. Que começa quando ela ganha muletas em vez da boneca tão esperada. Um jogo (simples?) que consiste em procurar, dentro das adversidades, um motivo para sorrir. Ver que até nos piores momentos, se olharmos com cuidado, podemos ver um significado positivo. Que até mesmo as piores (?) pessoas tem um lado bom. Reli porque queria saber como meus olhos de hoje veriam aquela história que foi tão presente na minha infãncia. Tive a grata surpresa de me teletransportar para um outro tempo .Tempo já tão passado, e ainda assim me sentir exatamente como aquela pequena menina , que lia e relia, maravilhada e ingênua ,a historinha maravilhosa e ingênua. A história que falava, muito mais do que de otimismo, do amor pela vida em todas suas formas. Me reconectei com a minha criança, além do que esperava, e relembrei o jogo de tentar encontrar alegria, seja no que for.Nós adultos ficamos muito parecidos com a tia da Poliana, muito conscientes de nossos "deveres" e esquecemos de viver. Como ela diz no livro " respirar apenas não é viver"!Gostaria que pudessemos ser, ao menos um pouquinho, polianas no nosso dia a dia. Com certeza o mundo seria um lugar bem melhor!