quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Uma dor assim precisa

Hoje eu gosto de tudo que me tira da paz
 ( da apatia).
De tudo que me tira da zona de conforto.
De tudo que me derruba do sofá.
Que me atira na rua.
Tudo que dá frio na barriga, eu gosto.
E preciso.
Não tenho medo, mas tenho muitos medos.
Tenho mais medo é de não ter mais nenhum medo.
De nunca mais ter medo.
Eu tenho muitos medos.
Tenho medo de dentista.
Outro dia minha dentista espetou uma agulha enorme no meu dente, e eu gritei.
De dor.
Ela disse: que bom, está vivo!
Sim, que bom, está vivo.
Se dói é porque está vivo.
Só dói enquanto viva.
Morta não sinto dor.
Morta não tenho medo.

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