sexta-feira, 18 de maio de 2012

Meu gato

Era uma vez um gatinho cinza, peludo e de lindos olhos azuis, chamado Napoleão.
Napoleão é um gatinho que parece persa, mas não é. Na verdade, dizem que sua raça é himalaia. Não importa. Ele é lindo e fofo. E doce. Quando era bebê, não andava, pulava. Pulava de um lado para outro, uma bolinha de pêlos, de olhos brilhantes e atentos, entre desconfiado e feliz. Se metia nos lugares mais malucos, sumia das nossas vistas atrás de qualquer coisa que se mexesse, e dava o maior trabalhão para achar. Depois, mais velho já, se tornou um gato calmo e suave, e carinhoso lá do jeito dele. Porque gato não distribui seu amor para qualquer um. Não. Primeiro você tem que merecer. Merecer sua confiança. E seu amor. Mas, depois que ele decide que você é digno de ser amado por ele,  vai te esperar na porta, vai ronronar para você, vai te seguir pela casa e deitar na sua cama. Vai te dar um amor maduro, tranquilo e leal. Nada dos arroubos apaixonados dos cães .Porque gato é diferente. Tem critérios. Não sai amando o primeiro que aparece. Mas quando ama, ama baixinho e ama de verdade. Pressente tua dor e se enrosca na tua perna. Te afaga e acolhe, e se retira na hora certa. Nunca é inconveniente. Sabe que cada um tem seu espaço, e respeita isso, na maioria das vezes. De vez em quando ele some e você o encontra numa prateleira do seu armário, enrolado nas suas roupas pretas. Elemento surpresa. Faz parte da aventura de se ter um gatinho em casa.( assim como uma daquelas escovas de tirar pêlos). Nunca se sabe de onde ele vai surgir, ou onde vai se esconder. Nosso amiguinho Napoleão tem apenas 4 anos, mas está doente, e com doença séria. Ainda não sabemos o que vai acontecer. Estamos tristes e com saudade,  e a casa parece estar sem dono. Tem gente que diz que não vale a pena ter bichinho de estimação, porque a gente se apega e sofre quando acontece algo assim. Eu não concordo. Acho que vale, e muito, cada minuto. Cada brincadeira de bolinha de sabão. Cada sesta na cama do JP. Enfim, cada dia que passamos juntos até hoje. Ele chegou na nossa casa num momento difícil, e tornou nossa vida mais leve e divertida. Compartilhou com a gente muito amor. E amor, quando compartilhado, sempre vale a pena. Mesmo que se chore depois. Não se chora em vão. Nunca.

3 comentários:

  1. Pôxa, três anos se passaram. Lembro bem da tua dor naquela ocasião. Mas, como vc escreveu, o amor sempre vale a pena. Sempre.

    ResponderExcluir
  2. Captaste a essência desses amáveis quase selvagens....

    ResponderExcluir
  3. Lindo Dani!!
    Descobri que os gatinhos são especiais mesmo!! Todo meu carinho!!

    ResponderExcluir