quarta-feira, 18 de março de 2015

Dois de março de um ano qualquer




Teria sido apenas mais um dia, não tivesse sido aquele o dia de sua morte.
Dois de março de um ano qualquer.
Ela desistiu, escolheu não.
Ele não mais insistiu.
Sem um adeus, entrou no carro, e partiu.
Naquele dia, depois, ela soube que morreu, e do quê.
Ela morreu do medo que tinha de viver.
Mas viveu. Mais trinta longos anos, ainda.
Ela viveu sem medo de morrer, então.
Porque só se morre uma vez, assim.
Porque só se vive, assim, uma vez.
Dani Altmayer

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