domingo, 4 de outubro de 2020

Sem título

 


procuro sempre nos lugares errados
penso nas cem formas de terminar um amor penso em três
nenhuma parece mais triste ou melhor
comparo o amor a balões
-o poema é onde as metáforas moram
e o amor é o álibi da poesia-
às vezes, o fim do amor é um balão que escapa lento até se perder no azul
ou estoura num susto ruidoso
espantando a gata
noutras tantas quiçá maioria
o fim é somente o balão
esquecido da festa
que murcha aos poucos
por trás da poltrona preferida

ninguém vê
nem sente falta

o amor definha sozinho na distração

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