As paredes mofadas do prédio antigo
destes com floreiras no parapeitoonde crescem desordenadas folhagens
onde alguém plantou um cata-vento
destes que se vendem nos parques
junto com algodão doce e pipoca
destes de papel laminado
o catavento
é azul como aquelas flores desbotadas
de plástico que enfeiam as lápides
mas o brinquedo enterrado
num canteiro está vivo
é a insistência
que tem a infância de retornar
nas coisas desimportantes
já quase fora de moda
como bambolês petecas ioiôs
bilboquês bonecas de pano
e maçãs
do amor
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