Conversando sobre riscos com um amigo economista, ele definiu risco como variação de valor. E explicou: valor é diferente de preço. Valor é percepção. Cada um sabe do seu. O que tem valor para mim, pode não ter para você. O que é muito para uns, pode ser pouco para outros. Tá, mas e o risco, o que tem a ver com isso? Simples. O risco muda em função do valor. Quanto maior o risco, maior a recompensa. Quanto menor o risco, menor o ganho.
Ok, então o risco, e o valor, quem define sou eu e você. É isso? Ou seja, dependendo do valor que se dá a uma coisa, se decide se vale a pena arriscar, ou não. Deixar o dinheiro no fundo de renda fixa, ou aplicar na bolsa de valores? Você pode ganhar muito. Ou perder tudo. Vale arriscar trocar o emprego público por um na iniciativa privada? Vale gastar toda sua poupança em uma viagem dos sonhos? Vale arriscar aquela declaração de amor, e correr o risco de ver sua vida virar de ponta cabeça? A disposição para arriscar depende do retorno esperado. E do valor concedido.
Tem gente que acha que risco e perigo são sinônimos. Não são, apesar de terem praticamente uma relação estável. Nem sempre a atitude mais arriscada é a mais perigosa. Por vezes, é a mais necessária. E riscos não precisam ser evitados, a qualquer custo . Riscos indispensáveis podem ser bem administrados.
Em economia, risco é sinônimo de incerteza. E incerteza é pimenta, na vida. A vida, uma sucessão de incertezas.
Respondendo a pergunta lá de cima. Corre maior risco quem se atira do segundo andar. Corre muitos riscos. Quebrar uma perna. Quebrar a cabeça. Morrer. Ou mesmo nem se machucar. Já quem se atira do vigésimo, não corre risco. Já sabe, né? Tem certeza.
Risco é o grau de incerteza em relação ao investimento. Quem investe espera retorno sempre, claro. O retorno aumenta na mesma proporção do risco. Não existe retorno alto com risco baixo. E isso já deu um nó na minha cabeça, e na sua talvez. Esta coisa de economia não é comigo. Nunca foi. E pode ser que eu tenha entendido tudo errado. Mas é mais ou menos isso. Para resumir, e todo mundo entender, como minha mãe sempre dizia: quem não arrisca, não petisca.
Não é?
Dani Altmayer
Não é?
Dani Altmayer
Lindo!
ResponderExcluirQuem não arrisca, não conhece o sabor do risco. Não se permite encontrar o desejo é o prazer de uma queda! Gostei da reflexão. Marcos.
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