domingo, 18 de novembro de 2018

fotografia





o sol rompe as nuvens
inclinando a luz
ao longe um cachorro late
há sempre um cão a latir
uma ponta de agonia

o vento balança os galhos

-há sempre um vento a soprar
nos novembros da feliz cidade-

em verdes salpicados de prata
as folhas dançam à mercê
desse vento sem melodia

e o calor morno da tarde
e o sol tardio e pálido
e a pálida esperança a vã

rompem a janela da sala
invadem inclinados intrusos
o final de mais outro dia

Daniela Altmayer

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