o sol rompe as nuvens
inclinando a luz
ao longe um cachorro late
há sempre um cão a latir
uma ponta de agonia
o vento balança os galhos
-há sempre um vento a soprar
nos novembros da feliz cidade-
em verdes salpicados de prata
as folhas dançam à mercê
desse vento sem melodia
e o calor morno da tarde
e o sol tardio e pálido
e a pálida esperança a vã
rompem a janela da sala
invadem inclinados intrusos
o final de mais outro dia
Daniela Altmayer
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