quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Fim de tarde





fechado no quarto azul
um menino brinca sozinho
no décimo andar do prédio
monta um forte-apache
índios e soldados lutam

na calçada de casa
não longe dali
outro menino atrás de uma bola
tomba numa bala perdida
de droga de bandido da polícia
o céu tingido de sangue

o menino no quarto azul
empunha a arma imaginária
os malvados índios caem

o tiro pode mais que a flecha
e os soldados sempre vencem
as invencíveis batalhas

Daniela Altmayer
( exercício para oficina de poesia- poema escuro)





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