quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Fragmentos / Reflexões sobre 2013


                               Coisas que aprendi em 2013, um ano...intenso. Imenso.


Só quando reconhecemos nossa própria fragilidade é que podemos encontrar nossa força. É preciso saber-se fraco para ser forte.

Às vezes a vida te dá uma rasteira, é quando você descobre outro ângulo de visão: o chão. Depois, ela te tira o chão, aí não tem jeito, não. É botar as asas para funcionar, aprender a voar. Sobreviver é isso. Saber sobrevoar.

Nem sempre dá para entender, mas sempre se pode aprender. Porque, como dizia o poeta: "a vida tem sempre razão. "Ou não.
É que, como falou o outro, "há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia. "Deve ser.

O mundo lá fora não é um lugar seguro. Aqui dentro, bom, depende. De mim. Ele pode ser, sim.

A vida é aventura. Uma trilha, divertida e perigosa, a ser percorrida com atenção e presença. Com intuição e cuidado. O caminho pode estar certo, mas se o passo for falso...ferrou. Não adianta se arrepender. Bobeou, dançou.

Nada é maior do que o instinto de sobrevivência, no entanto. É ele que te faz prosseguir, apesar.

Assumir responsabilidades, e não culpas. A culpa te prende, amarra, te mata. A responsabilidade liberta.

Liberdade...quantos anos demora?

Nenhuma escolha é definitiva, apenas suas consequências. Estas sim, são.
E ingenuidade não é virtude, não.

Todo controle é ilusão.
Não estamos no controle, se outros estão.

Não brigue com o vento, ajuste a vela. Mude de bordo. Ou mude o rumo.
Não abandone o barco, você é o capitão.

Estamos todos muito feridos, expostos ou não. Quase sem exceção.

Só dói porque estamos vivos. Crescendo. Dor de crescimento.

Mas, basta um sorriso, e você ganha o dia.
Um abraço, e todo cansaço se alivia.

Uma única lágrima fala mais do que mil palavras.

Anjos existem, difícil é reconhecer.
Mas, se com sorte, isso acontecer, não os deixe partir.
Tem coisas valiosas demais para se perder.

Bolhas de sabão.
Amor invisível.

Revisão de conceitos, valores, defeitos.
Regras, acordos, verdades absolutas.
Vaidades absurdas. Na lata do lixo, sem dó nem piedade.
Foi, já era.

Que só fique o que tiver que ficar. O resto, o tempo se encarrega de levar.
Desiste, tem coisa que não vale mesmo reciclar.

Tantos desencontros, alguns bons encontros. Reencontro.
Alguns fins, muitos começos. Recomeço.

Pedalar é preciso, viver não é preciso. Viver é incógnita.

Perder o medo nem sempre é opção. Desistir, também não.


Decidir não resistir, e se entregar. Acordar, não se acomodar.
É verão, e o sol insiste em brilhar.

Somos grãos de areia, poeira cósmica. Transitórios e imperfeitos.

Deus sabe o que faz. Assim eu espero.

A certeza de que só uma coisa no mundo vale a vida que levamos.
É o amor que doamos, e recebemos.
O amor que vivemos.

E...

Tem coisas que não dá para esquecer. Tudo o que é tocado pela pele do afeto se torna eterno. Tatuagem na alma.
Por mais que o tempo passe, sempre que é dezembro, eu lembro.
É Natal, faz calor, e pode chover.
Por onde andará você?

Escrever é só um jeito de continuar.
A gente nem sempre vê. Mas ele sempre vem.


Dani Altmayer



3 comentários:

  1. como sempre,muito lindo. Prá gente refletir. Bj

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  2. Muito lindo querida sobrinha!
    Eu ouvi certa vez a voz de um pai dizendo :"minha filha se tu sobreviveres `a tua mae seras forte"
    e nao é que ela sobreviveu mesmo e forte?
    Beijos da comadre su

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  3. Não brigues com o vento, ajuste a vela.
    Isso mesmo.
    Perfeito.

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