Às vezes eu guardo poemas
Por um verso ou dois eu me rendoUma palavra à toa uma rima boa
Sou dessas que gozam fácil
Preciso da pausa entre as estrofes o respiro o silêncio o intervalo
Daquilo que desliza lento sorrateiro calmo
Vai crescendo sem susto ou atropelo
Pegando jeito
Às vezes eu cometo poemas
Meu olhar desatento não sabe nadar em mar de tempestade
Tenho medo e coragem em proporções diversas
O desvio os presságios as marés as correntes o empuxo
As fases da lua e aqueles malditos coletes que só inflam depois
Às vezes eu perco poemas
Às vezes eu fico sem forças
E só teu abraço me reinicia.
Te amo, adoro esta mirada!!!
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