A dança do vento no cabelo das árvores as folhas secas o ar mais frio denunciam com certo atraso a estação das frutas maduras das noites cobertas de mantas leves e vinhos tintos ontem a lua usava um véu esvoaçante de noiva cobre descobre o mistério que esconde alguém me disse do reflexo no lago rio há qualquer coisa com a lua o poeta versando é sempre um espanto de primeira vez o amor é sempre um espanto o outono tardio é um convite para dentro, vem amor o outono é o acalento do inverno luz inclinada sobre um tapete amarelo
de flores vivas e de flores mortas
Mas as que morrem são as mais bonitas.
Lindo!
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