Cai a tarde em teus braços cansados.
De repente, o silêncio.
A calma que precede a tempestade da noite;
Ficas esperando um vento qualquer que desmanche teu cabelo.
Uma gota.
Uma gota.
Ele não vem. Ela não vem.
Só o silêncio. Seco. Brusco.
Buscas em volta um ruído que te embale o sono no final do domingo,
Uma pequena cantiga que murmure em teu ouvido: está tudo bem.
O silêncio não prenuncia o som. A palavra que não pronuncias.
Ninguém vem.
Ele é só silêncio.
Ela, essa confissão.
Ele é só silêncio.
Ela, essa confissão.
O vazio. A mudez nua, bruta.
Vagalumes ao redor da lua,
Buracos de estrelas mortas.
Há muito.
Buracos de estrelas mortas.
Há muito.
Que nome tens? infinitos.
Nome algum, não importa.
Nome algum, não importa.
Em todos fui-serei tua.
Muda de uma surdez crua.
Sem susto, sem grito.
Perdida da dor, esquecida.
Cega de uma noite escuramente absurda.
Sem susto, sem grito.
Perdida da dor, esquecida.
Cega de uma noite escuramente absurda.
Ele não vem, ninguém.
É tudo somente esse nada.
Ouve. Mas ouve bem.
É só silêncio, sempre.
E não.
E não.
Daniela Altmayer
Nenhum comentário:
Postar um comentário