domingo, 11 de agosto de 2013

Super Pai


 Outro dia, conversando com JP, sobre basquete, e seus grandes nomes, ele me perguntou: "quando os pais deixam de ser ídolos? " E chegou à conclusão de que isso acontece por volta dos cinco anos de idade. Não sei se existe uma idade exata, acho que varia bastante. Mas o certo é que um dia acontece. Aquele objeto de adoração, que você julgava infalível, desce para a categoria de simples mortal. O pai deixa de ser ídolo quando se reconhece nele o ser humano que ele é. Alguém que erra sim, tentando acertar. Todos os erros são tentativas de acerto. Isso é algo que podemos perdoar. Quando descobrimos que eles não tem todas as respostas. Quando percebemos suas dúvidas, suas lágrimas, suas escolhas imperfeitas. E, na minha opinião, aí é que começa o amor, de verdade. O amor nasce do convívio, e cresce na intimidade. Quando somos capazes de enxergar suas fraquezas, descobrimos a nossa própria força. O pai deixa de ser idealizado para se tornar real. O que antes era inatingível, vem para o alcance de nosso abraço. Mão na mão. Olho no olho. Deixa de ser o herói, mas jamais perde seu valor. Pelo contrário. Porque, finalmente, podemos perceber o esforço imenso deste que, mesmo sem ter super poderes, ainda assim move montanhas e pedras por nós. Constrói pilares e exemplos. E nos confere sua proteção eterna, e seu amor incondicional.
No final da conversa, JP me disse: na verdade, mãe, um pai sempre vai ser um pouco nosso ídolo, não é?
Sim. Só que um ídolo a gente cola na parede do quarto. Um pai, a gente cola na parede do coração. Para não desgrudar nunca mais.

Dani Altmayer


2 comentários:

  1. Eu também tenho meu pai colado no meu coração. E ele nunca vai sair de lá.
    Ele é super!
    Felizes dias para nossos pais.

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