Segunda feira, carnaval alhures.
Duas crianças, duas histórias.
Duas mães e a mesma força.
O mesmo brilho no olho.
Não, ninguém "nasceu para ser mãe."
Instinto materno não é universal.
Mas que bonito é ver uma mãe lutando pelo seu filho.
Um com suspeita pouco fundamentada de autismo, muitas camadas ali- dificuldades escolares, pai doente crônico e teimoso, dependente para tudo, mulher sobrecarregada.
O guri põe abaixo o consultório enquanto ela fala, então abraça a mãe. Ela chora.
Quem cuida de quem cuida?
O outro apanha no colégio. Eu pergunto por quê, ele me diz que não sabe se é porque é negro, ou porque veio de escola pública. O que eles dizem? Eles dizem que é por eu ser diferente.
A escola diz que é coisa de criança.
Craque de futebol. A mãe segura firme na mão do menino. Tu é lindo. Eu gosto da minha cor, tá tudo bem, ele responde. Ela sorri.
É carnaval em outros lugares. Confete, serpentina, contrastes.
Diversidade.
Ah, diversidade. A falta que ela nos faz, no dia a dia.
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