quarta-feira, 19 de julho de 2023

Paradoxos

 


O rio caudaloso da cor do chocolate quente

Faz ponte
Logo atrás a cidade tem o céu arranhado de concreto crescente
Desenfreado
Em altas torres pretensiosas São Paulo não ensinou nada
A quase ninguém

Mas ali onde o rio as nuvens os pássaros
Logo adiante na estrada esburacada os lagos pastagens milharais
A vista que a vista não alcança
O sol nascendo atrás do morro
Pintando de azul os verdes infinitos
As araucárias imponentes a neblina
a velha casa de madeira desbotada
onde o fogão a lenha adivinho

Ali onde o tempo não corre nem faz questão 

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