sábado, 28 de novembro de 2020

Cassino




Desejo o mar como a ti 

imensamente
quero andar na vastidão da praia
chão duro colchão da memória
morada de ventos e conchas
amanhecer de gaivotas e redes
e peixes a prata do horizonte a cor exata dos teus cabelos
as ondas nem sempre gentis o toque o remanso de tantos antes uma bicicleta um cachorro sem dono andarilhos

o infinito desenha um nome castelo de areia que o oceano desmancha
cabelos soltos e sonhos ao sabor vontades solares salgadas de azul
corpos famintos agora outros
acordam quereres suados
enquanto
na sua paz mais bonita
faz silêncio

e os enormes navios riscam
os molhes da barra


Nenhum comentário:

Postar um comentário