quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Corujas


No Amor errado mais certo do mundo tem uma crônica chamada Ainda ontem, escrita em dezembro de 2014. Meu filho estava se formando no ensino fundamental e eu dizia que nada marca mais a passagem do tempo do que ver nossas crianças crescerem. Pois é.
Hoje, 3 anos depois, ele completa o ensino médio. Não é uma criança e já faz tempo. Chega ao fim de uma etapa importante, cumprida sem maiores dificuldades, anos e anos de colégio, amizades, muito basquete, algum estudo.
Se eu sinto orgulho?
Sim, sinto. Muito.
Não porque ele tenha feito sua obrigação, afinal fez o que era esperado dele com todas as facilidades e todos os privilégios que sempre teve, e ainda bem. Ainda assim, poderia ter dado errado. Muitas vezes dá, apesar. De tudo e de nós. Ou deles mesmos.
Então sim, eu me orgulho. Não tanto por seus feitos acadêmicos, que me deixam muito feliz ( e aliviada), mas porque quem o conhece sabe o quanto de bom caráter e bondade e maturidade se escondem por trás daquela cara bonita.
( É que ele é lindo mesmo, prepara para o clichezão: por dentro e por fora).
Eu brigo, reclamo, implico. Ele idem. Um adolescente- quase adulto, um homem e uma mãe à beira de um ataque de nervos, super normal. Super. Tudo certo.
Só que, quando o bicho pega, e pega pra valer- esse não foi um ano fácil- é onde ele demonstra toda sua força, essa inteligência emocional que é dele, que me deixa de boca aberta e por vezes envergonhada de mim mesma.
Nesses momentos fico pequena, e ele grande: mas, como ele próprio me disse, estamos crescendo juntos. Saímos da bolha juntos (na marra) e ainda que sigamos em direções opostas, estaremos sempre juntos no afeto que nos liga.
Ele me emociona tantas vezes. Me enche o peito de orgulho, sim.
Não só pela formatura hoje, e também por isso. Parabéns, JP.  Comemora, aproveita, vive tua conquista. Que venham os novos desafios, porque tu já sabe: de agora em diante é outra vida, muda tudo.
E eu também sei, tenho certeza: tu dá conta.

Resumindo:
Ele me enche de orgulho, de verdade, porque é um guri muito legal. Um baita cara, mesmo.

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