quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Mãe

Chega em casa
Chora baixinho.
Chora escondida,
Meio encolhida,
Um choro mansinho.
Uma mágoa sofrida,
Uma causa perdida,
Uma vida passando,
O peso dos dias.
Sente saudade
De um certo colinho,
Daquele carinho,
Daquele cantinho
Seguro que tinha.
Não existe idade
Para esta saudade
Para a falta que faz

Não existe limite,
De idade,
Razão,
Nem toda maturidade
Do mundo
É capaz.
De acabar
Com a saudade.
Não tem explicação.
Nem  tempo,
Nem nada.
Não passa,
Atenua.
Não cura, isso não.
Chora, sozinha,
A dor que é sua.
A saudade.
Do colo,
Aquele.
Que nunca mais.

2 comentários:

  1. Nossa....
    Que a tua saudade possa ser sempre bonita, trazendo paz e lindas recordações. Bj, julia

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  2. Singelo e liirico ao mesmo tempo! A memória nos ajuda a resgatar o colo que sempre será único. Mesmo assim a saudade é inesgotável. Abc. Marcos Sá

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