sábado, 3 de fevereiro de 2024

We are the world


O ano era 1985 e a década de 80 (1980s) ia ao meio. Que década, senhores. Quem viveu, sabe. Aquela música se tornou rapidinho uma música chiclete, todo mundo sabia cantar, ainda que de um jeito errado. We are the world, we are the children. Ficou quase chata depois, como chato é tudo que se repete demais. Mas foi emocionante no seu tempo. Todas aquelas estrelas, todas aquelas vozes diversas, únicas, unidas por uma canção. Por uma causa. Uma causa que ainda existe. Que persiste. Infelizmente, a fome ainda é um problema para grande parte do mundo. Um problema nosso.

Ontem assisti ao documentário A noite que mudou o pop, que mostra os bastidores da criação e gravação dessa música icônica. Tinha tudo para dar errado, e não deu. Graças à genialidade daqueles artistas, cantores, o arranjador, a produção. Que bom que deu certo.
Viajei no tempo no embalo daquelas vozes.
Lembrei da voz bonita e afinada da minha mãe. Lembrei dos meus 15 anos e da efervescência daqueles anos.
Ao fim do filme, uma fala de Lionel Richie me chamou atenção: the house will be there
But not the people in the house. Algo assim.
Tantos deles já não estão lá. Minha mãe não está mais aqui. Assim, que a casa não é o mais importante. A gente sabe, ou deveria, mas esquece.
Que bom que existem as músicas a eternizar instantes. A nos trazer saudades.
É desse jeito que as luzes da memória se acendem.

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