terça-feira, 23 de agosto de 2016

Depois


Os raios de sol penetram a poeira da janela.
Nada se move no outro lado do mundo.
Estamos suspensos no tempo, instantes.
Somos o instante em que nada se move.
Suspensos no silêncio desse mundo paralelo, inventado.
Dois, e dois de um "tamanho tão certo."
Sem passado sem futuro, sem peso.
Inertes e embriagados, do todo e de nada.
Até uma lágrima escorre repleta, saciada.
Sorri, numa tarde muito azul de sorrisos. 
E eu penso que a felicidade deve ser um pouco isso. 
Um poema assim muito azul.
Feito dois corpos instantes, dançando momentos. 
Como partículas de poeira, suspensas. Entregues ao sol.

DA

Nenhum comentário:

Postar um comentário