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O tempo vai deixando suas pistas, escrevendo suas histórias, marcando nossas linhas, as de expressão e as da vida. Não passa em branco. Vai colorindo e descolorindo, trazendo e levando, em um fluxo contínuo, inevitável. A gente muda. Mesmo sem querer, mesmo sem perceber.
Outro dia, conversando com um amigo, ele me perguntou: se você, sabendo o que sabe hoje, se encontrasse a criança que você foi um dia, o que diria para ela? O que faria diferente?
Se eu tivesse a oportunidade de encontrar aquela menina, eu não diria nada a ela. Não que eu não me arrependa de muita coisa. Não que eu não gostasse de poder fazer diferente. Não que erros não tenham sido cometidos. Foram, e ainda são. Mas cada um deles é parte integrante da mulher que me tornei. Meus erros, e também meus acertos. São minha bagagem. Carrego eles comigo, senão com orgulho, ao menos com certa dignidade. E muita aceitação.
Não, eu não falaria nada para aquela menina, não lhe daria nenhum conselho. Eu apenas me ajoelharia diante dela, e, quando estívessemos da mesma altura, eu olharia bem dentro dos seus olhos, ainda tão claros. Tão cheios de uma sabedoria inocente.
Então, pronta para escutar com toda a atenção, eu diria apenas: fala você! Sou toda ouvidos.
Não deixa eu te esquecer.
Dani Altmayer
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