Páginas
▼
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Uma noite escura
A noite está linda e escura, com a lua nova despontando no céu.
Parece que Deus lavou o firmamento, fez uma faxina bem caprichada, para que todas as estrelas pudessem brilhar. Pequenos pontinhos de luz, milhares deles, tão longe, e tão perto, como as saudades que trazemos na gente. As noites de lua cheia, tão claras, são belas e sedutoras. Mas belas também são as noites pretas de lua nova, novinha . Dizem que a lua é nova quando ela se casa com o sol. Ficam juntos por algum tempo, e fica tudo muito escuro. Depois ela se afasta devagar, formando um pequeno sorriso, que vai crescendo, crescendo, crescendo... Ofuscando as estrelas, iluminando ao poucos a escuridão.
As fases da lua, o nascer, o crescer, o amadurecer, o morrer, e o nada. São como os ciclos da vida. Porque a gente renasce a cada dia, e morre a cada instante. E mingua, e cresce, e se enche, e se esvazia. E se repete, e se renova. O tempo todo. A gente apaga algumas estrelas, acende outras. Atravessa noites insones e negras. Ama muito na lua cheia, chora bastante na minguante, movimenta-se na lua crescente. A gente observa marés, corta cabelos, muda de humor e de ideia. Brinca com a sombra e a luz, que estão fora. Que estão dentro.
Acredita que Deus existe, criando estrelas, sorrindo na lua. Refazendo os ciclos.
Dani Altmayer
Lindo. Achei que era uma poesia do Zeca Baleiro. Bj
ResponderExcluir:)
ResponderExcluir